Chegada a Roma

Agora, voltemos ao início.
Fazia algum tempo que programávamos uma viagem à Itália - nossas pesquisas começaram pelo menos dois anos antes. Queríamos conhecer bem, por isso destinamos 18 dias ao país, ainda assim, abrindo mão do Sul.
Começaríamos em Roma, daí a opção pelo voo direto com Alitalia (o qual foi possível comprar pelo site da KLM, já que são companhias parceiras).
Cheguei do voo, particularmente, muito cansada. Mesmo que estivesse viajando de primeira classe (vai sonhando...), o horário do voo foi o que mais "pegou" para mim, que sou uma pessoa bem diurna. Partimos de São Paulo às 15h, chegando a Roma às 7h em horário local, porém eram 2h da madrugada no Brasil. Devo ter conseguido cochilar pouco no voo e, de qualquer forma, aterrissamos literalmente no horário em que deveria estar dormindo.

Chegamos ao hotel antes do horário de check in e, gentilmente, nosso quarto foi liberado com alguma antecedência. Dormi por quase duas horas para "tomar fôlego" e, assim, veio um pouco de energia para um primeiro passeio. Consideradas as circunstâncias, até que deu para aproveitar o primeiro dia!

Caminhando pela ruazinha do nosso hotel

Ruínas pelo caminho

Nossa primeira parada foi o monumento Vittorio Emanuelle II. Valeu muito a pena subir o elevador, por causa das vistas incríveis da cidade, com o Coliseu em destaque. Assim, o espírito já ia se preparando para conhecê-lo de pertinho no dia seguinte.

Do alto do Vittorio Emanuelle

Buscando uma opção rápida, almoçamos pizza em pedaço na Pizzaria Florida, que foi uma grata surpresa. Passamos despretensiosamente em frente à pizzaria e, com fome, paramos para comer um pedaço. Uma verdadeira delícia, nunca havia comido uma tão boa de melanzana (berinjela à parmeggiana). Soube, depois, que é um ponto bastante frequentado e, inclusive, possui certificado de Excelência do Trip Advisor. É realmente deliciosa! A parte chatinha é que há poucos lugares para sentar e, quando está cheia, você precisa achar um cantinho para comer em pé, encostado no balcão. Neste dia, como já era um pouco mais tarde, tivemos a sorte de sentar.

Próxima parada: Pantheon.

Cúpula do Pantheon

Um lugar muito bonito e também religioso, portanto, o aviso em algumas línguas: Silenzio! Silence - in English! Silence - en français! Se nada funcionasse, um universal shiiiiiii!!!!

De lá, seguimos andando, sempre nos deparando com belíssimas fontes pelo caminho. A mais famosa de todas, a Fontana de Trevi, está em reforma por um ano, podendo ser vista apenas por meio de uma estrutura improvisada. Chato. Ou nem tanto. Cabe a gente ressignificar: se não fiz o ritual de jogar a moeda para retornar a Roma, a ideia é um dia retornar para ver a fonte linda e restaurada.

Seguimos até a Piazza di Spagna. Algumas obras ali por perto também.

Desde o primeiro dia, notamos que precisaríamos de muita água. E consumimos água de todos os preços, conforme a necessidade: de 5 euros em restaurantes (!!!), de 50 centavos do supermercado, ou mesmo de graça, das fontes naturais disponíveis pela cidade.

À noite, embora Ronaldo estivesse com mais pique (vai entender), eu estava bem cansada e preferi um jantarzinho perto do hotel. Amei o Ristorante Sant'Anna, romântico e agradável. A pasta estava ótima, assim como o atendimento, e o ambiente, muito acolhedor.
Fechamos a noite com sorvete Carapina. Em uma noite de sono, já consigo acertar o fuso. A dor nas costas (acho que culpa da classe econômica) ainda incomodaria alguns dias.

A ótima localização do Hotel Smeraldo permitiu que fizéssemos todos os passeios a pé. O único táxi do dia foi do aeroporto ao hotel.

PRIMEIRAS IMPRESSÕES
Lado B
A Itália é quente, muito quente! Meu Deus, e eu saí de calça jeans sob o sol das 3 horas da tarde. Parece a Batista de Carvalho em janeiro, mas faz tempo que não preciso andar na Batista. Tudo bem, eu sabia que o verão italiano era quente, mas trazia na memória uma lembrança geladinha de verão europeu em Paris, Munique, Berlim, Amsterdam. Londres nem conta porque lá é realmente mais frio. Primeira conclusão: acho que trouxe pouca roupa de verão e há casacos de sobra na mala. Ok, agora entendo que não é loucura o pessoal com shorts e regata na Europa. Felizmente, sempre carrego o filtro solar. Ronaldo, teimoso em relação ao filtro, foi ficando mais torrado a cada dia. Amo a Europa, mas odeio o cheiro de cigarro que ela exala. O cansaço não anima o humor, ou é o sol que ferve os miolos. E a Fontana de Trevi, em reforma, está muito feia para fotos. Preciso descansar para seguir em frente.

Lado A
Roma é linda, tão linda! Só de ver o Coliseu de longe, todo o cansaço e as horas de voo já valeram a pena. E a expectativa de vê-lo de pertinho amanhã vai deixando tudo mais empolgante. Céus, só tenho a agradecer: estou na Europa, na Itália, em Roma, "berço da civilização". E já avistei o Coliseu! Refresco a nuca em uma fonte perto do Pantheon e o ânimo melhora. Relembro que a Europa é fresca. Quanto à Trevi, não sei se o ritual da moeda seria válido em uma fonte seca e em obras, mas, neste dia, decido que não preciso do ritual, só da minha vontade: voltarei a Roma justamente para ver a preferida de Fellini. Roma começa a escurecer por volta das 21h. E a Itália já vai ganhando um sabor mais geladinho. Gelato de chocolate Carapina. É só o primeiro dia de mais uma aventura, e já ampliamos tanto o nosso mundo. E, além do mais, tudo é perfeito quando se está ao lado de quem ama. Feliz, muito feliz.

O poder da escrita de traduzir impressões.
O poder do coração de compor sensações.

Ainda há muito a contar sobre a Itália!

PS: os posts abaixam comprovam que precisei dos casacos na continuidade da viagem.

Texto: Érika de Moraes
Fotos: arquivo pessoal de Érika & Ronaldo

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