Florença e a Ponte Vecchio

Chegando à Capital da Toscana

Viajamos de Roma a Florença em hora de almoço, otimizando, assim, os horários de check out & check in dos hotéis. Uma hora e meia de trem.

Desde a chegada, encantei-me com Florença. Se Roma é a grande Capital não só do país, mas também da História do Ocidente e do Cristianismo, Florença - a chamada Capital da Toscana - combina arte e urbanidade com o toque de aconchego do interior.

O clima de acolhimento de Florença já começou pelo nosso Hotel. Desde minhas primeiras pesquisas pelo booking, escolhi o Hotel Rapallo e foi uma opção perfeita. É uma graça de hotel! Além do conforto necessário em ambiente agradável, o hotel oferece um ótimo café da manhã e o diferencial: um café da tarde muito especial, que fica à disposição para aquele momento em que fazemos a parada para banho e uma pausa entre o passeio do dia e o da noite.

Café da tarde doce e gordinho... e bom, muito bom!

Adorei cada detalhe na decoração do Hotel Rapallo

Situando-nos em Florença
Após o charmoso café da tarde, fomos nos situar nas ruas de Florença. Do nosso hotel, foi muito fácil chegar ao centro histórico e apreciar a fachada dos bonitos monumentos que, depois, conheceríamos por dentro: o Duomo di Firenze, o Palazzo Vecchio, a Galeria Degli Uffizi, entre outros.

A belíssima, incrivelmente bela, Catedral de Florença
(Duomo di Firenze)
ou Catedral Santa Maria del Fiori

Ângulo do Palácio Vecchio

A Piazza della Signoria é um espetáculo a parte. Arrisco dizer que basta passar alguns momentos nela para entender o "espírito de Florença". Ali, está desde a estátua externa do famoso David (o original fica na Galleria dell'Accademia) até as grifes famosas como Coco Chanel. Da praça, são poucos passos para a Ponte Vecchio.

A primeira parada foi na livraria do Palazzo Vecchio, de onde levei um livro sobre a cidade e outro sobre o Pinocchio (adoro livros para bambinos!).

A famosa Ponte Vecchio, também conhecida como a região "do ouro"
As lojinhas vendem todo tipo de joias, de preços variados - dá para trazer alguma coisa de recordação

"Volare! Cantare! Nel blu dipinto di blu, felice di stare lassú"

Florença canta. Em sua praça principal, há música por todos os lados: um solo de violão ou uma orquestra inteira, uma canção italiana ou até uma brasileirinha Garota de Ipanema. Florença tem cor e tem som. E aroma de comidinha caseira. Deleite para os sentidos. 

* * * 
Jantamos, mais tarde, no Ristorante Il Bargello, que fica ali mesmo na Praça, do qual gostamos e ao qual até retornamos. Compramos legítimos azeites da Toscana para trazer para a família. No dia seguinte, começaríamos a conhecer o interior das galerias de arte.

Florença, meu lar italiano
Se eu pudesse escolher uma cidade italiana para viver, certamente seria a acolhedora Florença. Mais tarde, em conversa com o Sr. Mauro, gerente do Hotel Rapallo que tem especial simpatia pelos brasileiros, soube que o sobrenome da família de minha mãe - Tozzi - é típico daquela região, ou seja, o sangue da Toscana corre em minhas veias! Talvez venha daí a identificação (Sr. Mauro disse que eu tinha ares da Toscana!). Sei, por alto, histórias bacanas sobre meus bisavós maternos, que envolvem a saga dos imigrantes "fugidos políticos" da Itália, deixando para trás bens que se dissiparam nas mãos do Estado italiano. Não cobiço tais bens, mas adoraria ter acesso à documentação que me permitisse obter a cidadania italiana. Os papéis do passado, também, infelizmente se dissiparam. Quanto ao futuro, cá estou cuidadosa nos registros para que, a quem interessar (que seja uma única pessoa com a minha sede de memória), parte da história não se dissipe.

Com os "Moraes", reencontrei-me ano passado em Portugal. Essa misturinha que é o brasileiro!

E ainda acho que tenho um quê de francesa! (acho que havia algo na família de minha avó materna)

Mais tarde, saberia que o sobrenome do marido, Schiavone, vem de Veneza, carregando o significado "Os eslavos", ou seja, italianos de origem eslava. Seremos nós um reencontro de raízes italianas? Terei eu buscado as raízes dele no meu encontro com a Noruega? Mistérios da vida...

Texto: Érika de Moraes
Fotos: arquivo pessoal de Érika & Ronaldo

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