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E Pedro se viu sozinho

Foi num dia 7 de abril, em 1831, que um menino chamado Pedro de Alcântara, aos 5 anos de idade, viu-se solitário ao acordar naquela que deveria ser apenas mais uma manhã comum na vida de uma criança. Na madrugada, o Imperador Pedro I vira-se forçado pelas circunstâncias a abdicar o trono brasileiro, refugiando-se na fragata que o transportaria para Portugal, levando consigo a segunda esposa Amélia e a filha Maria da Glória, futura rainha de Portugal. Para trás, ficaram cinco órfãos reais, entre eles o pequeno príncipe que viria a ser D. Pedro II. Não houve tempo para despedidas. Dali em diante, pai e filho teriam contato apenas por cartas, as quais se encontram hoje no acervo do Museu Imperial de Petrópolis, “uma das trocas de correspondências mais tristes já registradas na história brasileira”, nas palavras de Laurentino Gomes. “ Meu querido pai e meu senhor, quando me levantei e não achei a Vossa Majestade Imperial e a mamãe para lhe beijar a mão, não podia me consolar nem pos