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Mostrando postagens de maio, 2020

Linkando as coisas: Fonética, Fonologia, Sociolinguística, Comunicação...

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Talvez os capítulos de Fonética e Fonologia sejam dos mais desafiadores, mesmo para estudantes de Letras e Linguística. Quem se depara pela primeira vez com símbolos fonéticos pode sentir um ‘travamento’ do tipo ‘isso parece matemática’ ( Obs. Eu, particularmente, gostava da matemática, mesmo escolhendo Humanas, mas deixemos isso para outra conversa. Latim é puro raciocínio. Que bacana seria se o ensino tivesse mantido noções de latim, como minha mãe teve, mesmo tendo conseguido estudar apenas até o fundamental). Vencida essa primeira barreira, um conhecimento, mesmo que básico, de leitura fonética pode trazer várias contribuições, entre as quais: habilidade em consultas em dicionários sobre pronúncia de palavras; conhecimento histórico sobre as línguas etc. Além desses benefícios práticos, há uma questão mais fundamentadora e relevante: Conhecer a profundidade e complexidade das diversas vertentes da Linguística é um caminho preciso para se combater o preconceito li

DIA DO TRABALHO

Em meus primeiros anos escolares, ‘últimos’ anos de ditadura, os livros repetiam como papagaios: “o trabalho dignifica o homem”. À época, nem havia abertura para questionar o quão patriarcal este termo HOMEM. Logo, descobri que o trabalho não só dignifica, mas também oprime. Felizmente, encontrando dentro de mim a posição do EQUILÍBRIO (onde me encontro numa sensação de solitude, num mundo polarizado), consegui reconciliar as coisas: o trabalho pode, sim, DIGNIFICAR, quando ele possibilita um ponto comum entre servir dignamente a coletividade e, a um só tempo, contemplar nossa própria subjetividade. Nem sempre (e não para todos) o espaço de subjetividade é possível. Eu mesma (privilegiada por ter podido estudar) luto por ele todos os dias. Não é fácil encontrar o lugar da subjetividade, sem abrir mão da empatia e da sensibilidade com o outro. Pender para qualquer um dos lados é uma linha tênue. O trabalho ‘pode’ dignificar. O trabalho ‘pode’ oprimir. Pode, não neces