Museu Nacional do Azulejo - Lisboa
Impressiona a dedicação que Portugal consagra à arte da Azulejaria.
Como não poderia deixar de ser, o Museu do Azulejo é uma das grandes atrações de Lisboa.
Fomos num fim de tarde, por volta de 17h, já que tinha compromisso antes com o Congresso do qual estava participando. O museu fecha às 18h, por isso tivemos uma hora para ver. Foi suficiente, embora eu não me cansasse de passar mais tempo apreciando cada detalhe das obras.
Como não há estação de metrô próxima ao museu, descemos na mais próxima (Santa Apolónia) e fomos caminhando. Uma boa pernada, mas a vantagem de caminhar é que você vai conhecendo mais cantinhos da paisagem urbana portuguesa. Teríamos pego um ônibus, mas estes demoram para passar. Pelo caminho, vi a indicação para o Museu das Águas, que fiquei bem curiosa para conhecer - mas terá que ser numa próxima viagem.
São três pisos de azulejaria para se encantar!
Destaque para os motivos religiosos
O clássico em convivência com o moderno
No terceiro piso, azulejaria contemporânea
Silhar monumental de escadaria (1660). Proveniente do Convento de São Bento da Saúde.
Além dos azulejos, encantam os desenhos dos pisos de madeira
Apaixonada por dança, não poderia deixar de amar este quadro. Lição de Dança. Willen van der Kloet. Amsterdam, 1707.
E eis que Fernando Pessoa surge no caminho. De Júlio Pomar (1926)
Madre de Deus - um encanto a parte
Dentro do Museu dos Azulejos, fica uma belíssima igreja, a Madre de Deus. Excepcional não tanto pelo seu tamanho (pequena, se comparada à Igreja do Mosteiro dos Jerônimos), mas pela suntuosidade de seus materiais: azulejaria e madeira talhada a ouro. Vê-se tudo rico e dourado.
O Mosteiro de Madre de Deus foi fundado em 1509 pela Rainha D. Leonor (1458-1525), conhecida como a "Rainha Perfeitíssima", também fundadora das Misericórdias e de hospitais.
Por fim, Chiado...
Após o Museu do Azulejo, corremos para o Chiado, onde veríamos o espetáculo "Fado in Chiado" das 19h. Ali pertinho, fica a Cervejaria Trindade, onde, já bem cansados, nós jantaríamos e faríamos o brinde da noite. Merecido, pois eu estava mais do que feliz com a receptividade por parte dos estudantes portugueses quando, pela manhã, apresentei meu trabalho sobre o Brasil.
O meu é água, sim, senhor, que gosto mais do sabor
Arte em Azulejo até na cervejaria! Esta que, aliás, já foi um mosteiro.
Serviço:
O Museu Nacional do Azulejo fica na Rua Madre de Deus, nº4.
Terça a domingo: das 10 às 18h (última entrada às 17h30)
5 Euros por pessoa. Mais informações no site oficial.
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Texto de Érika de Moraes
Fotos: arquivo pessoal de Érika & Ronaldo
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